Eita Roberto Carlos.
Mas as palavras servem bem mesmo...
Delícia voltar para casa, cheia de idéias e muito mais trabalho do que as 24 horas do dia são capazes de resolver, enfim, essa batalha é mesmo diária, e faz parte da vida de muitas de nós, mulheres doidas de pedra, que assumem muito mais do que o racional aceitaria.
Essa menina linda aí do lado é minha Evinha!!
Vi minha bebê, beijei de novo meu marido, muuuuitas vezes, e comi além da conta a comida da Didi, que não satisfeita, queria me entupir um pouco mais.
Agora mãos a obra, pés alertas e preparação.
Show dos 27 anos, show da escola e mais algumas viagens, me separam do final do ano, quando enfim posso parar um pouquinho e ficar apenas com a família.
Me sinto culpada muitas vezes pela distancia das crianças e pelo tempo que roubo da família em detrimento do trabalho, mas por outro lado fico pensando o que teria sido de mim, se em meu outro casamento, eu tivesse me dedicado apenas a família e não a dança, onde eu estaria hoje?
Então percebo que esta dança, que é objeto de tanta alegria e também tanto sofrimento, me deu tudo o que eu jamais imaginei.
Me deu a chance de me desenvolver como pessoa, como bailarina, como mãe também, porque não, de um tantão de filhas postiças com quem compartilho essa paixão e essa labuta.
Esta dança que me faz pensar, e criar, que me coloca para frente, que me cutuca, e implica em nascimento e morte todo o tempo....
Obrigada a todas as pessoas sem exceção, que já fizeram parte de minha trajetória até aqui. Aquelas que me confortaram, e aquelas que me machucaram, pois tudo ensina, a cada dia, um pouco mais sobre o que é ser mulher, ser ativa, ser mãe, e acima de tudo, aceitar o bom e o mau, dentro de cada uma de nós!
Lulu