" Quando eu nasci veio um anjo safado, um chato de um querubim, que decretou que eu tava predestinado a ser errado assim, já de saída minha estrada entortou mas vou até o fim...."
Chico Buarque é mesmo o máximo!
Li um texto, ou melhor dizendo um lixo escrito com as letras do nosso alfabeto que me fez pensar, no que seria a história de fadas com os personagens, a covardia e o espelho.
O desejo de nos ligarmos ao irreal, ou a criatividade de um mundo que é apenas, e tão somente a sombra do mundo real.
Diz um mito muito antigo, chamado " Mito da Caverna" de acordo com a Wikipédia:
( Meu primeiro contato com este mito foi na escola, colegial, com uma professora de literatura inesquecível )
http://paradigmadivino.files.wordpress.com/2011/05/alegoria-da-caverna3.jpg
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível.
E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes.
Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
O que se faz, se existem pessoas, que vivem, e viverão em suas cavernas pessoais para sempre, projetando no outro o que não tem coragem de ver em si mesmos.
Outras que se escondem atrás do apelido anônimo que pode carregarnum mundo , dentro de si, para ter a coragem de dizer o que não diriam publicamente.
Covardia x Espelho
A primeira é a companheira de dias e noites, destas pessoas sem nome e sem escrúpulos, a segunda, é o que elas deveriam usar na frente de seus rostos, para enxergam quem são na realidade.
Tão perfeitas, em sua feiúra , que a simples visão de seu próprio rosto assustaria até os animais que pertencem a noite!
Não sou uma menina, e meu corpo não é um corpo fresco de 18 anos, tem marcas e cicatrizes, assim como todo o resto do aparato que tenho para usar nesta vida.
Não me sinto perfeita, e nem encosto no rabinho, como dizia alguém próximo no passado.
Meu orgulho termina onde começa meu desejo de harmonia, mas algumas coisas não tem chance de harmonização, o caos é a casa de algumas pessoas, e não há nada que outros possam fazer a respeito.
http://www.flickr.com/photos/guilhermecapriglioni/4933620592/
Chico Buarque é mesmo o máximo!
Li um texto, ou melhor dizendo um lixo escrito com as letras do nosso alfabeto que me fez pensar, no que seria a história de fadas com os personagens, a covardia e o espelho.
O desejo de nos ligarmos ao irreal, ou a criatividade de um mundo que é apenas, e tão somente a sombra do mundo real.
Diz um mito muito antigo, chamado " Mito da Caverna" de acordo com a Wikipédia:
( Meu primeiro contato com este mito foi na escola, colegial, com uma professora de literatura inesquecível )
http://paradigmadivino.files.wordpress.com/2011/05/alegoria-da-caverna3.jpg
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível.
E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes.
Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
O que se faz, se existem pessoas, que vivem, e viverão em suas cavernas pessoais para sempre, projetando no outro o que não tem coragem de ver em si mesmos.
Outras que se escondem atrás do apelido anônimo que pode carregarnum mundo , dentro de si, para ter a coragem de dizer o que não diriam publicamente.
Covardia x Espelho
A primeira é a companheira de dias e noites, destas pessoas sem nome e sem escrúpulos, a segunda, é o que elas deveriam usar na frente de seus rostos, para enxergam quem são na realidade.
Tão perfeitas, em sua feiúra , que a simples visão de seu próprio rosto assustaria até os animais que pertencem a noite!
Não sou uma menina, e meu corpo não é um corpo fresco de 18 anos, tem marcas e cicatrizes, assim como todo o resto do aparato que tenho para usar nesta vida.
Não me sinto perfeita, e nem encosto no rabinho, como dizia alguém próximo no passado.
Meu orgulho termina onde começa meu desejo de harmonia, mas algumas coisas não tem chance de harmonização, o caos é a casa de algumas pessoas, e não há nada que outros possam fazer a respeito.
http://www.flickr.com/photos/guilhermecapriglioni/4933620592/
5 comentários:
É por isso que você é quem é e incomoda tanto !!! Beijos
Narciso acha feio o que não é espelho! Muito cômodo atacar o que não se consegue superar!!! Bjus
Lulu, vc disse tudo, parabéns e obrigado por existir no nosso mundo, as vezes tão sem noção, que é o da Dança do Ventre. Beijos
Excelente texto, mãe. Adorei. Beijos, te amo.
Lulu mestra divina que de tanta Luz ofusca a visão de quem ñ tem a capacidade de enxergar teu brilho...continue guiando quem sabe a pessoa que vc é....
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