A profissionalização na Dança Oriental.
Um assunto polêmico pois muitas das praticantes usuais desta
dança acabam de alguma maneira, se envolvendo em atividades que parecem
profissionais, mas não são, e dali nasce
uma grande confusão entre as amadoras de plantão, e aquelas que de fato fazem
da dança sua profissão.
O que definiria a diferença entre o amador e o profissional
de uma determinada área?
Para que não surjam dúvidas ou manifestações de cunho
pessoal, aqui vai a definição do Aurélio: ( a definição não está na íntegra,
mas essa fonte é conhecida de todos e pode ser acessada facilmente)
a.ma.dor
adj (amar+dor2) 1 Que ama. 2 Relativo a amador. Praticado por amador. sm O que cultiva qualquer arte ou esporte, por prazer e não por profissão; curioso. 3 Aquele que trabalha sem remuneração. 4 Aquele que entende superficialmente de alguma coisa, de regra, autodidata. 5 Apreciador, entusiasta.
pro.fis.si.o.nal
adj m+f (lat profissione+al3) 1 Relativo, próprio ou pertencente a profissão: Ética profissional. 2 Que prepara para certas profissões: Escola profissional. 3 Que exerce uma ocupação como meio de vida ou para ganhar dinheiro: Soldado profissional.. pej Que faz um negócio ou meio de vida de algo que não é propriamente considerado como tal: Político profissional. s m+f 1 Pessoa que exerce, como meio de vida, uma ocupação especializada: Os profissionais da publicidade. 2
adj m+f (lat profissione+al3) 1 Relativo, próprio ou pertencente a profissão: Ética profissional. 2 Que prepara para certas profissões: Escola profissional. 3 Que exerce uma ocupação como meio de vida ou para ganhar dinheiro: Soldado profissional.. pej Que faz um negócio ou meio de vida de algo que não é propriamente considerado como tal: Político profissional. s m+f 1 Pessoa que exerce, como meio de vida, uma ocupação especializada: Os profissionais da publicidade. 2
Depois de ler as definições que são
definitivamente aceitas de forma oficial, uso as mesmas para fazer meu
paralelo.
Para construir sua carreira
profissional como bailarina ou professora, algumas considerações precisam ser
estabelecidas e também sua linha de objetivos.
Antes de mais nada, você como
profissional utilizará a dança para sua sobrevivência e por isso mesmo estará
sujeita as leis do mercado, a demanda da oferta e da procura como é com
qualquer serviço ou produto que esteja a disposição do público.
Estando inserida dentro de um meio ,
vc passa a gravitar em termos comerciais, em contato com tudo o que envolve o
ambiente de trabalho escolhido
Penso que nos dias de hoje, para
sobreviver com da a dança o único caminho possível é o crescimento pessoal e o
compartilhamento.
Sua qualidade cresce e se desenvolve
de acordo com sua dedicação e prática. O investimento em aulas e na repetição
técnica de qualidade, constroem seu corpo para a dança e para as apresentações.
Este investimento para uso pessoal, é
menor do que aquele direcionado para
figurinos e produção , mas essencial,
por cuidar da semente de tudo, que é
você.
O profissional seja em qual área for,
terá sempre que primar por estar atualizado em sua área, oferecer um serviço de
qualidade ( como professora ou bailarina) e se manter conectado com as
necessidades próprias na área de sua atuação.
De fato ao oferecer conhecimento para
o corpo de outra pessoa, o vínculo que se estabelece é muito mais duradouro e
marcante, do que a simples troca de mercadorias entre comprador e vendedor.
Vejo isso em mim mesma,quando recordo
dos meus professores, que ainda hoje vivem em minha dança e em minhas aulas. O
que nos dão, é para a vida e não para um momento.
Desta maneira acredito que o papel de
cada uma de nós profissionais da dança Oriental, deveria ser sempre, o caminho
do aprofundamento com qualidade. Para cuidar do outro, cuido de mim primeiro.
Para ensinar ao outro, eu busco um
professor.
Criamos uma cadeia interligada de
pessoas, que passam conhecimentos, de uma a outra, no decorrer de anos e
envolvendo diferentes gerações
Ser Profissional seria passear por
estas áreas descritas abaixo, e ainda assim manter o frescor da certeza de
estar fazendo o que se quer e conseguindo sobreviver a partir desta escolha.
Segue uma pequena lista de sugestões
que considero necessárias a qualquer pessoa que se auto intitule profissional.
·
Estudar sempre,
buscando a permanência de sua qualidade e a inspiração necessária para novos
voos criativos e profissionais.
Para quem conhece a Shangrila House hoje, essa é a foto de nossa inauguração em dezembro de 2007
·
O que importa num
workshop ou intensivo de final de semana, não são suas colegas de classe ou o
nível do curso proposto, mas sim quem está na sua frente oferecendo a aula.
Olhe apenas para o professor e decida se ele(ela ) vale a pena.
·
As vezes nosso
corpo ainda não está preparado mas a mente está, mantenha a sua aberta se
sempre arejada.
·
Dançar não é
relaxar; a dança é uma atividade
energética e absolutamente física. Para isso seu corpo deve estar preparado.
Essa preparação é uma rotina que deve fazer parte de sua vida para sempre.
·
Sentir e pensar são
amigos inseparáveis. Meu corpo não pode apenas compreender mas sim perceber ,
para poder se expressar.
·
Mergulhar na
cultura a qual esta dança pertence, compreendendo melhor o gestual, e a forma
poética que se manifesta através da música árabe
·
Ser flexível, o
mercado de dança é uma rua de duas mãos, as vezes vc vai , mas sempre tem que
voltar.
·
Cuidado com a
caridade em demasia, ela prejudica sua sobrevivência como profissional. Escolha
seu lado da estrada. As vezes é muito melhor ser uma amadora feliz e
despreocupada do que uma profissional estressada e deprimida.
·
Prepare-se para
dedicar-se muito mais do que o resto do mundo. Não aguarde grandes recompensas,
na hora certa elas virão.
·
Não acredite que
chegou lá, a estrada sempre é a melhor parte , aproveite a sua , muitas
surpresas virão.
·
Conte sua
história e respeite cada passagem que te
trouxe até este ponto onde está hoje
Memória curta é igual a elástico frouxo de snjus como diz
minha amiga, não serve para nada
Guarde a sua, e honre todos os seus passos.
Bons estudos e boa preparação profissional
Lulu
3 comentários:
Boas dicas! O profissional é um eterno aprendiz que está sempre se reinventando. A bailarina e a professora devem ter isso em mente para serem bem sucedidas. :)
Adorei as dicas, acabei de decidir... Quero essa vida pra mim, minha alma esta pedindo. Mas tenho uma dúvida... Existe um limite de idade pra iniciar de forma que valha a pena? Comecei a seis meses fazer as aulas e já tenho 30 anos, é tarde possa correr atrás de um sonho?
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