Impressionante, como o que reverbera mais onnline é sempre algo que carrega uma energia que não é das melhores.
Ontém, vivendo pela centésima vez uma situação que já assolou muitas professoras de dança mas especialmente costuma criar problemas para as pequenas empresárias da dança, decidi me colocar sobre uma situação real, com uma pessoa real, que tomou atitudes socialmente incorretas.
Vivemos num meio formado em sua maioria por escolas pequenas, que sobrevivem, parcamente, com ajuda de amigos, família e quem mais aparecer por perto para dar uma força.
Poucas escolas de dança Oriental alcançam a estrutura de uma pequena empresa, com todas as responsabilidades que isso acarreta. Funcionários, impostos, custos fixos altos e que não desaparecem com carnaval , natal e copa do Mundo.
Nesta teia da informalidade, vale tudo!
Buscando por algo que me trouxesse um vento fresco hoje de manhã decidi ouvir o Podcast da Sala de Dança...e não escolhi o atual mas um que saiu há algum tempo atrás.
http://www.saladedanca.com.br/
o endereço para quem ainda não conhece!!!
Escutando o episódio sobre Ética e Moral - onde vc se encaixa?, me dei conta de algo que ainda não tinha ficado claro para mim.
Ouvir sempre traz novas reflexões e por vezes nossos valores estão mesclados com conceitos e nem percebemos. O que ficou para mim...
Moral é aquilo que está tão enraizado dentro de nós, que rege nossas ações mesmo quando não há qualquer chance de sermos descobertos. Decidimos não fazer coisas que não cabem em nossa forma de ver a vida e o direito nosso e do outro. De certa maneira, é o que vivenciamos desde pequenos e o que aprendemos no seio da nossa família, eternizado em nosso corpo e mente.
Ética - é diferente, seria a forma como nos conduzimos para poder viver melhor em sociedade, sabendo que nossas ações vão reverberar nos outros e por isso tomamos alguns passos específicos para evitar o prejuizo do outro e nosso próprio. Mas este pensamento se vira para o coletivo, não é mais algo tão pessoal, mas sim voltado para a comunidade ou grupo onde vivemos.
Uma colocação clara, num ambiente que atinge sim muita gente, mas que ainda é meu por direito, criou uma avalanche de resultados. Os ataques que recebi vieram sem muito refinamento e absolutamente grosseiros, de pessoas várias, algumas inclusive que conviveram anos comigo, e que mantém externamente a política da boa vizinhança , mas num momento como aquele o que tem a mostrar mesmo o são os dentes!Ok todos nós somos animais no final das contas, a única diferença é nosso nível de evolução!
Sempre que escrevo algo que é importante para mim tomo o cuidado de ser direta, não gosto de sujeito oculto, não acredito nisso a não ser para a gramática da Lingua Portuguesa. Este é meu canal, comunicar, dizer, escrever. Não sou adepta, de fazer de conta ou fingir que não vi algo, quando a verdade é mais clara que dia de sol na neve.
Então quando chego no meu limite, escrevo. Ah vc deveria tratar disso de forma privada!( Dizem as línguas estrangeiras por aí!)
Aos abutres de plantão, viva o que eu vivi, ria o que eu ri, chore também, e passe por tudo, aí vc pode decidir para VOCÊ o que fazer!
Muito fácil falar sem citar nomes, e aí então escrachar solenemente a pessoa que é o alvo da piada, sem o menor pudor ou respeito.
Afinal estou atrás do anonimato do sujeito, ao não citar o nome, me protejo e me ancoro na covardia das palavras.
Seria maravilhoso se tivéssemos a chance de escolher quem fica e quem não fica ao nosso lado desde o primeiro contato.
Que tal se ao se aproximarem de nós, as pessoas já sinalizassem o que são de fato?
Isso evitaria que compartilhássemos nosso espaço, físico, emocional e social , com seres que não trazem nada , apenas sugam e depois destroem o que ficou para trás!
Mas evidentemente isso não recebe nenhum nome ruim certo? Falar pelos cotovelos sem nenhuma prova, e trocar figurinhas online, sem necessidade alguma de um fato real que corrobore as acusações é um comportamento aceitável?E o que dizer da pessoa que conversa com você de forma respeitosa até mas que online faz questão de manter o esnobismo e o suave desprezo como tempero principal?
Em alguns momentos a sensação é mesmo de que o nosso mundo - pelo menos este Universo pequeno e multi facetado da dança Oriental - está mesmo perdido.
Ainda existem sonhadoras de plantão, que não não baratas sem coração, e nem ratos anestesiados, e por isso reagem.
São estas pessoas que fazem o que ninguém quer fazer, são elas as taxadas de patsas pois acreditam que é possível um caminho do meio, acreditam que é possível compartilhar, e respeitar o diferente, sem ferir o outro.
Pessoas que como eu, estudam até hoje, pagam por aulas, dão créditos aos professores que lhes ensinaram, e continuam buscando por respostas. Mudam de idéia e recompõe suas explicações.
Mulheres comuns, algumas tem filho , outras não, mas todas sem exceção abraçaram um causa que toma delas muito mais do que 3 horas por semana.
Para estas loucas formigas trabalhadoras, existe um exércíto de cigarras, cheias de opinião.
A formiga é incansável, limpa chão , faz evento, faz comida, cuida de criança ou de seus gatos, cachorros dança, ensina e etc!!
As cigarras tem tempo de sobra, para falar do outro sem olhar para si. Aproveitam a vida, dançam sem muito compromisso, pois afinal ninguém depende delas.
A formiga é coletiva, a cigarra individualista.
A formiga sabe que o conjunto faz a força a cigarra, vai pensar na força necessária na hora em que a necessidade aparecer.
Então para aquelas que tiveram paciência de ler até este ponto, eu penso mais uma vez que o grande caminho é entender os nossos porques
Quem eu sou, e onde me encaixo.
Tenho moral, mas qual é a trilha que considero como minha Ética?
Como diz Valéria Alves, será que sei quem eu sou, e a que vim?
Ou já me perdi no turbilhão de ser o que querem que eu seja dependendo do ambiente onde me encontro como um camaleão perdido , e distante da natureza?
Quem assina aqui é , a louca bipolar descrita por antigas parceiras de dança, que precisa de Prozac, mas não toma pois faz mal a saúde, tem comportamento adolescente, pois uma parte de mim será para sempre jovem!
Podem falar a vontade, sim tenho 47 anos, danço , ensino, vivo, choro e me descabelo mas sou sincera...
Artigo raro que talvez em poucos anos, se transforme em antiguidade, talvez suas filhas ou filhos, nunca tenham a chance de entrar em contato com isso!!
Fecho com as palavras de uma pessoa muito especial, que sempre traz luz por onde passa
Patrícia Dib
Hoje de manhã :
Somos frutos de nossas próprias escolhas...temos direito de fazer o errado mesmo sabendo que poderiamos ter escolhido o certo...me derrubaram!!! Mas já estou de pé...ontem tive um encontro com meu passado e consegui espiar meu futuro...decidi então que no presente não mais sentarei diante de alguns seres que convivem no mesmo espaço que eu, sei que não sou gigante,mas se sentada eu incomodo espere pra me ver de pé...
Boa tarde a todas nós, e que possamos arcar com o peso de nossas ações assim como nossas palavras!